Um cantinho pra falar

Faz algum tempo que não passo por aqui. Mas no meio da correria do dia a dia é confortante pensar que ainda posso escrever, mesmo que seja pra não ler depois. Escrevi sobre a paixão que leva um doido - só existem doidos na cozinha - a escolher a profissão de gastrônomo. Certa vez, li um texto que confrontava a vontade de ser um chef. Dizia que se eu queria ter feriados, horários estipulados de trabalho, ganhar um salário justo pelo tanto de trabalho e ser tratada com o mínimo de dignidade, escolhi a profissão errada.
Tudo bem, é complicado perder finais de semana com os amigos, festas de aniversário e aos poucos ser riscada da lista de presença de muitos eventos sociais. Mas acredito que estou plantando pra ter uma colheita lá na frente.

Bolo de Castanha

Ontem chegamos mais cedo na aula pra aproveitar um bagaço de castanha do pará em um bolo, que ficou esplêndido. Simples, o bagaço foi obtido a partir de um leite feito com castanha demolhada em água e polpa de coco verde, batido no liquidificador com favas de baunilha e uvas passas brancas, após peneirar, usamos o bagaço pra fazer o bolo. Lá vai:

150 g de farinha de trigo
150 g de açúcar
150 g  de manteiga
150 g  de bagaço de castanha do pará
3 ovos
5 g de fermento

Bata na batedeira o açúcar e a manteiga até obter um creme claro
Adicione os ovos um a um até obter uma massa lisa e homogênea, acrescente a farinha e bata bem.
Fora da batedeira adicione o bagaço e o fermento, misture e leve ao forno a 180°C por aproximadamente 30 minutos.

Dica: Antes de levar ao forno, prepare uma farofa com as pontas dos dedos, usando 20 g de manteiga, 20 g de farinha e 20 g de açúcar. Disponha sobre a massa e leve ao forno até que o bolo fique dourado e crocante!
Boa pedida.

Do inicio

Quando penso na paixão que devoto à culinária me lembro dos dias de menina, de quando compartilhava do medo de fogo e a curiosidade pela comida.
Com as ideias e experiências de hoje sei que me encanta a alquimia da culinária. Como um ingrediente misturado ao outro formam algo hora surpreendente, hora esquisito.
Me encanta a brincadeira de pegar uma frigideira, juntar meia dúzias de coisas, torcer pra dar certo e ainda assim ficar gostoso.
Coisas que só alguém apaixonado sabe como fazer.

Isso sempre acontece! Quando de repente brota na minha cabeça uma minhoquinha que me enche de dúvidas, enche tanto e até a tampa que não consigo pensar em mais nada a não ser nas coisas que essa minhoquinha me faz acreditar.
Depois de um dia agradável e de conversas legais o que deveria acontecer é qualquer coisa, menos a dúvida. Dúvidas sobre estar no caminho certo, com as escolhas e companhias certas. Dúvidas que só mãe tem o dom de plantar na nossa cabeça. Felizmente, eu tenho a mim mesma que já é o suficiente pra me enlouquecer. O pior, é saber que não posso compartilhar com qualquer pessoa e aquela que saberia me ouvir não faz mais parte dessa vida.
Ufa, acabei!

Primeiro post: simples tentativa de escrever bem e passar pra cá o que eu quero passar pra aí. É tudo muito complexo e acabo com dor de cabeça, logo, só quero escrever.
Aguardem...